"Ana Firmino é nome de Voz. Nome de Alma. Nome de Sal. É nome de quem acredita que na voz vive a memória e a alma e a paisagem de um povo. Nome de quem sente...

...Uma voz temperada pelo tempo e pela experiência, que Ana tem já um longo caminho percorrido. Vão longe os dias de 1980, quando foi convidada pelo Secretário de Turismo de Cabo Verde a inaugurar a Boite Pillon, no Hotel Praia-mar na Ilha de Santiago. Começava aí um percurso mais sério na música, das ilhas que 27 anos antes a tinham visto nascer (Ana Firmino é naturall do Sal). Meia dúzia de anos depois das primeiras actuações na Boite Pillon, Ana Firmino deixa a sua voz em dois temas do LP “Feiticeira di côr Morena” do grande e já falecido Travadinha. Em 1989 passa pelos Encontros Acarte da Gulbenkian e edita “Carta de nha Cretcheu”, o seu álbum de estreia na Kolá Records. Um disco que apaixonou quantos o ouviram e que foi sempre o motivo primeiro das perguntas que nos anos seguintes procuravam saber das andanças desta senhora. Os anos seguintes são feitos de espectáculos, presença na televisão (em Cabo Verde) e passagem pelo cinema (é actriz em “O Testamento do Sr. Napumoceno da Silva Araújo” de Francisco Manso e “Fintar o Destino” de Fernando Vendrel) com a segurança de quem sabe como é a vida das ilhas de terra e sal, mar e vento e música – Cabo Verde..."

in "Valentim de Carvalho"

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